REPÓRTER DO A TARDE

FOTO: Diego Mascarenhas / Agência A TARDE
Magno Jouber, da sucursal Santo Antônio de Jesus

“Fuçando” a net, deparei-me com uma reportagem online (que me deu muito prazer), escrita por mim no Jornal A Tarde em fevereiro deste ano.
http://www.atardefm.com.br/brasil/noticia.jsf?id=1083017

Maragojipe tem folia reconhecida
O governador da Bahia, Jaques Wagner, assinou na segunda-feira da folia de Momo, o decreto que torna o Carnaval de Maragojipe patrimônio imaterial. Wagner chegou acompanhado da primeira-dama, Fátima Mendonça, do secretário de Turismo, Domingos Leonelli, e do secretário de Cultura, Márcio Meirelles. Em um breve discurso, o governador falou da importância do apoio do governo do Estado às manifestações culturais, preservando-as para que as futuras gerações deem prosseguimento às tradições. “Um povo que não sabe de onde veio não sabe para onde vai”, comentou.
O prefeito de Maragojipe, Silvio Ataliba (PT), declarou que o Carnaval do município é o melhor do Brasil. Para ele, a parceria com o governo do Estado está ajudando a escrever uma nova página no Recôncavo baiano. Ataliba se emocionou ao lembrar a luta da comunidade maragojipense em buscar o reconhecimento das tradições culturais, em especial o Carnaval. Ele voltou a dedicar o título a todos os incansáveis guerreiros que buscaram esse reconhecimento. “Agora, a gente precisa transformar esse acontecimento em algo mais, pois o nosso Carnaval já é o melhor do Brasil”, desabafou.
Após a visita do governador, uma multidão de mascarados de todos os tipos e cores invadiu a Praça Antônio Rebouças e as ruas do centro da cidade, brincando ao som de músicos que executavam antigas marchinhas, através de vários instrumentos de sopro e percussão.
MASCARADOS – Eles surgem de todos os lados. No início, apenas crianças em pequenos grupos desfilam pelas principais ruas da cidade, mas logo centenas deles vão chegando numa movimentação frenética, formando um belíssimo colorido com uma diversidade de máscaras que impressiona a todos.
São diabos, gorilas, fantasmas e outras criaturas. Algumas máscaras, feitas de tecido por costureiras da própria cidade, são as que mais chamam a atenção. “É de arrepiar”, declarou a comerciante de Salvador, Maria da Glória, que está pela primeira vez em Maragojipe para curtir a folia.
Nota-se uma indisfarçável expressão de orgulho estampada nos rostos dos maragojipenses. A auto-estima vem junto com o título de Carnaval imaterial. São crianças, jovens e adultos que capricharam nas máscaras e fantasias e desfilam orgulhosos pelas ruas da cidade.
Orgulho – Para o comerciante Raimundo Carneiro, o Patrão, o reconhecimento do Carnaval como patrimônio imaterial vem reacender a chama do orgulho do povo maragojipense, que estava um pouco adormecida.
“Esse reconhecimento chega num momento muito importante. Isso vai servir de mola propulsora para uma nova e próspera fase do nosso Carnaval”, disse.
Já Luiz Rosa, subgerente de Documentação e Memória do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), recomendou que o município que tenha algum tipo de manifestação cultural e deseje o seu tombamento que procure o órgão o mais rápido possível. “Esse título é importante para que, através da divulgação gerada, atraia mais turistas para o município”.