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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

FEIRANTES QUEREM CONDIÇÕES DE IGUALDADE PARA COMPETIR


Se por um lado a população de Valença e região comemoram a inauguração dos dois supermercados, por outro, pequenos comerciantes, principalmente vendedores de carne verde da Feira Livre de Valença demonstram preocupação, não pelo fato de mais um concorrente de peso, no caso o G Barbosa, ter se instalado justamente ao lado da feira, mas principalmente, pelo total abandono a que foram submetidos. “O promotor vem aqui e ameaça fechar o nosso comércio devido à falta condições de armazenamento das nossas mercadorias, mas nunca estiveram aqui para solucionar de verdade o nosso problema”, reclama um vendedor de carne que tem um Box na Feira. Para o comerciante Zé Porto, dono de uma mercearia, a chegada do G Barbosa vai permitir que mais pessoas passem pela feira e isso pode ser um ponto positivo. Enquanto isso, os locais que vendem carne verde estão desestruturados, sem os balcões frigoríficos, um dos itens exigidos para a comercialização do produto e sem água. “A gente aqui não tem água nos boxes e a venda de carne não permite investimentos maiores, quando muito no final de semana a gente tem um lucro de R$ 100 por boi vendido”, queixam-se os açougueiros Beto e Adilson.
Caso uma intervenção urgente não seja feita para dar dignidade aos feirantes, o emprego gerado pelas redes de supermercados poderá ficar sem efeito nas estatísticas do Ministério do Trabalho, haja vista que o promotor do Meio Ambiente Tiago Quadros já avisou que vai agir conforme manda a Lei, e os açougueiros da feira terão que se adequar às exigências sanitárias ou fechar seus estabelecimentos.

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