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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Esquistossomose ainda é ameaça na Bahia

“Bahia pode ter surto de esquistossomose mansônica”. É o que alerta o doutor em Patologia Humana e Diretor da Fiocruz, Mitermayer Galvão, após ter feito pesquisas em várias cidades do estado. Ele aponta como agentes causadores da esquistossomose, a migração de populações do interior para a cidade, com a construção de moradias irregulares, sem saneamento adequado, e sem informações sobre a doença. Segundo o gerente técnico do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), Aécio Meireles, a Bahia responde, aproximadamente, a 80% dos números de casos ocorridos no Brasil, e de 128 municípios baianos, 38% são endêmicos da doença e tem transmissão disseminadora com frequência.

A esquistossomose é uma doença endêmica, silenciosa, que, se não tratada, pode levar à morte. Sua transmissão é realizada a partir de ovos eliminados com as fezes do hospedeiro do verme. Quando atingem a água, os ovos liberam os miracídios que nadam por meio de cílios e encontram o caramujo de água doce que lhe serve como seu primeiro hospedeiro. É no interior desse molusco que o miracídio se desenvolve até a fase de cercária, que é capaz de penetrar a pele dos indivíduos, e neles se alojar, causando a doença. Segundo Galvão, “a doença aparece, em média, de dois a seis semanas após esse contato. Se o indivíduo não for tratado, permanecerá excretando ovos da parasita por muitos anos, constituindo-se também em importante fonte de transmissão em locais, com saneamento básico deficiente e despejo de dejetos sem tratamento nas coleções hídricas”, explicou.
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