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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tendência de Marcelino abre fogo contra Jonas Paulo e deflagra sucessão interna no PT

A tendência petista Articulação de Esquerda, que tem entre seus líderes o deputado estadual Yulo Oiticica, o secretário estadual Walmir Assunção (Desenvolvimento Social) e o ex-presidente do partido, Marcelino Galo, fechou questão contra a reeleição do atual presidente do PT, Jonas Paulo, no PED (Processo de Eleição Direta) de dezembro.

O anúncio já foi feito diretamente a todas as demais correntes petistas, numa demonstração de que a chamada AE aceita conversar e trabalhar conjuntamente pela escolha de um nome de consenso à presidência do PT, desde que ele não seja o de Jonas Paulo.

“Para 2010, o PT tem que ter capacidade para dialogar com o governo (de Jaques Wagner) e com os partidos políticos, além de impulsionar sua própria militância”, justifica ao Política Livre o membro do diretório nacional petista Ivan Alex, outro dos ilustres da AE, negando que Jonas possua perfil para assumir os desafios exigidos.

“Aliás, a gestão de Jonas é o inverso disso”, critica o petista. A AE já decidiu que, na hipótese de Jonas obter o apoio das demais tendências para disputar a reeleição, vai lançar candidato próprio. Entre os nomes avaliados, estão o de Marcelino, o de Yulo e o do próprio Ivan.

Ao decidir que não aceita marchar com o atual presidente, a corrente joga com o desgaste que a gestão de mais de um ano e meio do petista à frente do PT contabiliza genericamente em todas as tendências petistas e com o fato de, neste momento, ele supostamente não contar mais com o mesmo vigor de apoios como o do governador Jaques Wagner, decisivo em sua primeira eleição.

Jonas é acusado, por exemplo, de não ter conseguido, neste período, promover uma reunião da executiva do partido com o governador. A possibilidade de enfrentar as demais tendências também não assusta a AE, que já executou o feito na disputa passada, em que Marcelino, apoiado basicamente por sua corrente, perdeu para Jonas.

Em outras tendências do PT, a decisão da AE é vista exclusivamente como uma estratégia para impedir a eleição de Jonas, dada a expectativa da grande confusão que uma nova disputa no PED pode gerar para o partido num momento em que o governo passa por um período delicado de composições externas para a reeleição de Jaques Wagner.
Informações do Política Livre

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