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sábado, 13 de março de 2010

População da zona rural sofre com picadas de cobra


Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 98 pessoas foram picadas por animais peçonhentos no ano de 2009 em Valença, no Baixo Sul do Estado. A grande maioria dos acidentes aconteceu na zona rural e foram provocados por cobras. Em 2010, a Sesab já registrou 04 casos de pessoas picadas por esses animais.
Durante esta semana, um paciente picado por uma cobra jararacuçu teve que ser transferido às pressas para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, pois na Santa Casa de Misericórdia de Valença não havia o soro antiofídico devido à grande incidência de pessoas que procuram o hospital para serem atendidas, inclusive de outros municípios próximos à Valença.
Em todo o estado, a Sesab registrou 13.161 casos de acidentes com animais peçonhentos, sendo que 56 foram a óbito devido ao agravamento do caso. Segundo a Sesab, o município de Feira de Santana foi aonde ocorreram mais casos de pessoas picadas por animais peçonhentos (320).
Vale ressaltar que os dados acima descritos estão no site da Sesab ( www.saude.ba.gov.br/) e foram coletados em pessoas que tiveram as ocorrências e são residentes nos municípios aonde ocorreram os acidentes.
Animais Peçonhentos além de serem venenosos, possuem um mecanismo qualquer que os permite injetar seu veneno no organismo de outro animal. Como exemplo de animais peçonhentos há asabelhas, aranhas e algumas cobras.
Há uma pequena, porém importantíssima, diferença entre animais venenosos e peçonhentos. Já os que são chamados de venenosos possuem as substâncias tóxicas, mas dependem da situação para usá-las. Isso acontece com os sapos e algumas espécies de borboletas.

CASOS REGISTRADOS EM OUTROS MUNICÍPIOS DO BAIXO SUL
Cairu 20
Camamu 21
Igrapiúna 15
Ituberá 08
Marau 04
Nilo Peçanha 08
Presidente Tancredo Neves 30
Taperoá 14

Um comentário:

  1. INOPERÂNCIA DO BANCO DE SORO ANTEPEÇONHENTO DE CAIRU FAZ VÍTIMAS

    Em ofício datado de março de 2008, enviado à direção do Centro de Informações Antiveneno da Bahia, relatando a crescente incidência de números de ataques de animais peçonhentos, particularmente cobras, inclusive com diversos óbitos, obtive retorno imediato de providências da implantação de Banco de Soro Antipeçonhento no município de Cairu (BA). Na oportunidade a referida instituição de saúde esclareceu que os acidentes por animais peçonhentos constituem agravo de notificação compulsória com riscos para a vítima, que deverá receber além do soro específico todo o suporte médico hospitalar que o envenenamento exige.

    Ademais, rebatendo o anúncio feito à época pela administração municipal para aplicação dos soros, frisou no documento que, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não é exigida para aplicação dos soros, uma vez que sua necessidade se restringe para os casos graves que geralmente ocorrem quando os pacientes não recebem o soro precocemente, como recomenda o Programa Nacional e Estadual, sendo Cairu área abrangida pelo referido programa e, administrativamente, está ligada a 5º DIRES sediada em Gandú, responsável pala implantação do banco.

    Segundo o CIAVE, para a instalação do Banco de Soros é indispensável atendimento médico 24 horas todos os dias da semana; geladeira para acondicionamento dos soros que deverão permanecer sob refrigeração constante na temperatura entre 2 e 8ºc; e profissional designado para o controle dos soros e notificação dos acidentes quando ocorrem.

    Lamentavelmente, há muito tempo a atual administração do município de Cairu não vem cumprindo tais determinações. E o que é pior: a cada caso de pessoa atacada por cobra o procedimento tem se limitado a remoção da vítima até a Santa Casa de Misericórdia de Valença e posteriormente é feito o transporte do soro de Cairu até o referido hospital. Como resultado desse desrespeito, há aproximadamente um ano uma turista, procedente de Boipeba, faleceu em função da demora do recebimento do soro. Outra pessoa atacada, também procedente da mesma localidade, quase teve idêntico destino, uma vez que a ambulancha não funcionou, certamente por falta de manutenção preventiva.

    Visando sanar tal irregularidade faremos contato imediato com a 5ª DIRES que é responsável pela distribuição dos soros antipeçonhentos nessa região, através da diretora Dra. Elizabeth Pinto de Almeida, além da enfermeira técnica e responsável pelo Programa de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos na DIRES.

    Elisete Souza

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