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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Há quatro anos, o governo ignorou a voz do povo


Nesta sexta-feira completam-se quatro anos do dia em que o governo federal resolveu ignorar solenemente o resultado do referendo sobre o desarmamento, realizado em 23 de outubro de 2005, quando 64% dos brasileiros disseram “Não” no plebiscito que nos fez uma pergunta capciosa: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. Vale dizer, quase 130 milhões dos 180 milhões disseram que somos favoráveis ao comércio de armas e munição para cidadãos honestos, trabalhadores e pagadores de impostos.

E qual foi o resultado prático do referendo?
“Necas de pitibiribas”. Lula e o seu PT, junto com outros “esquerdistas”, como os do PCdoB e também os “oposicionistas” de mentirinha, os direitistas do PSDB e PFL, todos acordaram que o resultado do referendo deveria ser ignorado, pois a Globo assim queria, já que a TV fez campanha acintosa pelo fim do comércio de armas para cidadãos honestos.
Governo e oposição mantiveram o Estatuto do Desarmamento, cujo líder local era o senador César Borges (PFL de então). O resultado é este que se viu na Bahia há alguns dias: traficantes super-armados metendo bala em módulos da PM. E, no Rio, no último fim de semana, traficantes donos de parte da capital carioca derrubando helicóptero da PM com armas antiaéreas.
Todo mundo super-armado, menos o cidadão honesto, que já não tem mais como se defender.

A História
não mente

Hitler também proibiu os cidadãos honestos de terem armas na Alemanha. No dia em que assinou a proibição, ele disse: “A História ensina que todos os conquistadores que permitem aos povos dominados carregar armas acabam caindo.”
Aqui, no Brasil, empresas e ONGs americanas entraram descaradamente na campanha do referendo de 23 de outubro de 2005.
Silêncio dos
"inocentes"

Lamentavelmente, este estupro da cidadania que foi o desrespeito ao resultado do referendo, não teve qualquer palavra de inconformismo por parte das caixas de ressonância do povo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Ficaram caladinhas, assim como as centrais sindicais.
Há quatro anos dissemos não ao desarmamento, mas resolveram que não somos dignos de respeito.
Só bandidos podem portar arma no Brasil, pois bandido não vão na loja comprar arma nem tampouco à Polícia Federal tirar porte.
Somos, mesmo, um país de bananas.
Transcrito da Coluna do jornalista Alex Ferraz (Tribuna da Bahia).

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