Em entrevista ao Programa Direto ao Assunto, da Clube/Valença FM, hoje (04) a diretora da 5º Diretoria Regional de Saúde (5ª Dires), Elizabeth Costa, afirmou que os municípios de Valença e Nilo Peçanha não estão fazendo o “dever de casa”, se referindo no combate ao mosquito da dengue. Segundo Elisabeth, o Estado exige um ciclo de visitas a serem cumpridos pelas secretarias de saúde municipais em seis etapas, “Já estamos em setembro e os municípios de Valença e Nino Peçanha ainda não apresentaram o terceiro ciclo”, disse. O resultado da falta de atenção dessas secretarias poderá custar caro aos moradores dos dois municípios, pois, apesar da dengue está aparentemente controlada na região, a situação pode mudar radicalmente com a chegada do verão. Vale lembrar que no ano passado, uma criança foi vitimada, vindo a falecer de dengue hemorrágica.
Municípios não cumprem metas contra a dengue
Os municípios baianos estão deixando de cumprir a parte que lhes cabe no trabalho de prevenção à dengue. Das 417 cidades do estado, 236 não atingiram o mínimo exigido pelo Ministério da Saúde (MS), que é de realizar visitas em 80% dos domicílios nos três primeiros ciclos (cada ciclo tem dois meses), principal ferramenta no combate à doença. Os números acendem o sinal de alerta para o risco de se repetir em 2010 o que acontece este ano, com a Bahia registrando recorde histórico de casos de dengue e ocupando a liderança de ocorrências no Brasil. De janeiro a agosto, 103.788 casos foram confirmados, sendo 1.028 de formas graves que resultaram em 60 mortes, segundo dados da Secretaria da Saúde (Sesab). De acordo com a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesab (Divep), os dados do primeiro semestre deste ano, que têm como base os relatórios dos agentes municipais, mostram que, em 32 municípios (7,7%), menos da metade dos domicílios foi visitada. Setenta e nove cidades baianas (18,9%) sequer enviaram os relatórios de visitas.
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