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domingo, 30 de maio de 2010

Governo, oposição e segurança

O Jornal A TARDE deste sábado (29) traz uma pérola na Coluna Tempo presente, escrita pelo jornalista valenciano Levi Vasconcelos.
Por que a segurança está virando uma calamidade no governo Wagner?
O governo evoca o crescimento da violência em nível nacional e diz ter herdado uma polícia caótica, desequipada e desmotivada. Deixa a entender que o boom da violência estourou agora, mas estouraria com qualquer um. A oposição diz que na Bahia há agravantes específicos, como a falta de investimento e a má gestão do setor.
A oposição aponta um suposto erro estratégico de Wagner ao colocar um delegado da PF (primeiro Paulo Bezerra, agora César Nunes) no comando. Cita que historicamente já há grande dificuldade de harmonizar as polícias Civil e Militar e o governo atual forjou mais um complicador ao incluir outra polícia, a Federal, mais afeita a algum tipo de crime (financeiro, grandes quadrilhas), mas pouco hábil ao lidar com o varejo criminal. Disso resultou, avaliam os oposicionistas, por exemplo, ações espetaculosas com a Operação Nêmesis, que prendeu algemando o Cel. Santana, ex-comandante da PM, e a Operação Expresso, na Agerba; mas o varejo foi deixado de lado.
Do conjunto da obra desabou uma torrente de insatisfações internas que deixou a área de segurança sem liderança. A PM eqüidistante de César Nunes e a Civil desmotivada. Em síntese, por essa tese, o problema principal está na desarticulação da polícia.
O fato é que o governo não tem tido reações convincentes. É ano eleitoral e estamos fadados a zanzar no fogo cruzado dos tiroteios verbais adubados pelos tiroteios reais.
Que Deus nos proteja.
Levi Vasconcelos é Jornalista e editor da Coluna Tempo Presente do Jornal A TARDE.

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