Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), adolescentes entre 10 e 14 anos, residentes em Valença deram luz a 29 bebês no ano de 2009. Em todo o estado, foram 2.389 nascidos vivos de mães com idade abaixo dos 14 anos. Os dados apontam ainda que 304 novos valencianos nascidos vivos em 2009 tiveram mães com idade entre 15 e 19 anos.
A reportagem do Portal do Baixo Sul ouviu alguns médicos e eles admitiram que esses números poderiam ser bem maiores, haja vista que muitas adolescentes chegam ao Pronto Socorro de Valença para atendimento devido à abortos, supostamente provocados.
O perfil de mães adolescentes no município é de família pobre, o pai dificilmente assume as responsabilidades, pois também é adolescente, e o filho geralmente é criado pela avó materna.
Ainda segundo a Sesab, em 2009, ocorreram 1.336 partos com mães residentes em Valença, sendo, 717 bebês do sexo masculino e 619 do sexo feminino.
As perdas de maior impacto na vida de meninas adolescentes que ser tornam mães são a evasão escolar e a baixa inserção no mercado de trabalho. É o que aponta uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que teve como base o questionário de qualidade de vida modelo “WHOQOL abreviado”, da OMS (Organização Mundial de Saúde). O estudo mostra que é no domínio social que as mães adolescentes têm menos qualidade de vida, comparando-se com adolescentes não mães.
É possível identificar que no domínio social o nível de qualidade de vida das adolescentes mães é baixo. De acordo com uma escala de 0 a 100 estabelecida pela OMS, essas jovens marcam o índice de 66,8, enquanto as não mães registram a média de 75,6. Para os pesquisadores, o resultado foi uma surpresa, uma vez que esperava-se que outros domínios da análise seriam os responsáveis pelo maior impacto sobre a vida das jovens
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