Guia básico para fugir da violência

Em países civilizados, esta preocupação inexiste. Você pode sair às ruas a qualquer hora, descansar num parque, cochilar numa estrada se estiver cansado de dirigir etc. Enfim, você tem tempo para viver e produzir, ter alegrias e sustento digno, sem depender de esmolas.
Porém, isso é em país civilizado e onde se leva a sério a questão social. Aqui, como não temos saída, siga algumas regras básicas:

1- Ao transitar em bairros periféricos de Valença (se tiver coragem), abaixe o vidro do carro, ou caso esteja de moto, levante o capacete para que o bandido saiba que você não é Um P2, evitando assim a sua execução sumária. O Maximo que poderá acontecer é você ser assaltado, mais isso é o normal
2. Esqueça a balada, a boate, a farra e passeios à noite. Fique em casa (muito bem trancado) assistindo pela TV aqueles ótimos documentários mostrando como se combate o crime a sério nos EUA, Inglaterra, França etc.
3. Jamais saia com altas quantias no bolso, mas também nunca deixe de ter o dízimo do assaltante, pois ele pode lhe matar se você estiver com os bolsos vazios.
4. Não leve cartões de crédito. Aliás, não compre zorra nenhuma, nem pise no centro comercial. Fique trancadinho em casa, comprando tudo pela internet, e só abra a casa para receber a encomenda se o entregador puser por baixo da porta uma declaração com firma reconhecida atestando que ele é mesmo o entregador.
5. Não deixe seus filhos brincando na rua, nem mesmo na porta de casa. Isso era uma mania besta que se tinha neste país há uns 40 anos, quando as crianças tinham bom ensino, família atenciosa e podiam se sujar nas ruas brincando com amiguinhos. Coisa do passado. A ordem agora é toque de recolher e ponto final.
6. Outros cuidados essenciais: evite sair de carro, evite sair de ônibus, evite andar a pé, evite nadar, evite se arrastar, evite espiar, evite gritar, evite dar opinião, evite chegar à janela (bala perdida, filho!), evite falar no celular dentro de bancos (aliás, evite ir a bancos), evite bebericar no bar da esquina, ufa! Ah, bom: respirar, ainda pode! Viver, não...