Dados oficiais da SSP/Ba indicam que de janeiro a maio deste ano foram registrados 26 homicídios e um latrocínio (roubo seguido de morte), além de 18 tentativas de homicídios no município de Valença. Esses números são ainda mais preocupantes, quando comparados com todos os homicídios (27) registrados nos 23 municípios que formam a 4ª Coordenadoria de Polícia do Interior (4ª COORPIN).
Portanto, Valença sozinha empata em números absolutos de homicídios com todos os 23 municípios da 4ª COORPIN, entre eles Santo Antônio de Jesus, Cachoeira, Nazaré, Amargosa e Cruz das Almas.
Os motivos alegados para a crescente onda de homicídios no município de Valença, que pertence a 5ª COORPIN, apontam quase todos em direção ao tráfico de drogas, principalmente o crack. O efeito dominó dessa guerra se reflete diretamente na sociedade valenciana, haja vista que, para sustentar o vício, jovens entram para o mundo do crime, cometendo assaltos, inclusive em plena luz do dia e em qualquer ponto da cidade. Os registros (quando feitos) na Delegacia de Polícia atestam para a dura realidade. Portanto, dizer que os homicídios registrados em Valença atingem somente quem está envolvido com o tráfico de drogas, não tranquiliza os que circulam na cidade. Os tentáculos da violência já alcançaram a todos. Basta vê as cercas elétricas, grades e outras formas de segurança particular espalhadas em todos os bairros e até mesmo na zona rural.
Magno Jouber
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