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sexta-feira, 30 de julho de 2010

PROGRAMA DE POVOAMENTO DE AGUADAS PÚBLICAS REALIZA PRIMEIRA DESPESCA


Na pequena represa da zona rural de Taperoá, no baixo sul do estado, o trabalho começa com a abertura das comportas. O objetivo é esvaziar o lago e facilitar a retirada dos peixes, colocados ali há oito meses, ainda filhotes, e que agora estão no tamanho ideal para consumo. A despesca, como é chamada a colheita de peixes criados em cativeiro, acontece desde o início do mês em Taperoá e em outras cidades beneficiadas pelo Programa de Povoamento de Aguadas Comunitárias, desenvolvido pelo Governo do Estado por meio da Bahiapesca.
No baixo sul foram distribuídos 170 mil filhotes de Tambaquis e Tilápias para cerca de 500 famílias. O programa também distribui outros tipos de peixes.
O programa está sendo desenvolvido pela Bahia Peca e tem como idéia o povoamento de Aguadas Públicas é justamente fornecer a agricultura familiar baiana mais uma fonte de renda e alimento com a criação de peixes em açudes, lagos e represas comunitárias. O trabalho começa com a produção e distribuição dos alevinos, filhotes de peixe. Os beneficiados também recebem treinamento e apoio técnico durante toda a criação.

Ostreicultura complementa renda na comunidade de Graciosa
A dez quilômetros de Taperoá, na comunidade rural de Graciosa, um programa de ostreicultura desenvolvido pela Bahiapesca ajuda pescadores e marisqueiros a aumentar a renda. Eles recebem equipamentos e apoio técnico para criar ostras no estuário de Cairú.
Os moluscos são retirados do fundo do estuário ainda pequenos, na chamada fase de semente. Depois são colocados em gaiolas presas por cordas e bóias, onde vão se alimentar e crescer até 12 centímetros. Segundo o técnico da BahiaPesca, Adriano Príncipe, por serem originários da região, os moluscos têm facilidade para se alimentar e não provocam nenhum tipo de alteração no meio ambiente.
Até o ponto onde estão fixadas as gaiolas, os pescadores que fazem parte do projeto remam cerca de 500 metros numa canoa. Com uma faca, eles raspam a carapaça da ostra para fazer a limpeza e ajudar no crescimento do molusco. Quando atinge a fase adulta a dúzia é vendida por até R$ 6.
A colheita das ostras acontece uma vez por ano, geralmente no verão, quando o movimento de turistas faz crescer a demanda pelo marisco, que é comido cru, grelhado ou cozido e tem um sabor muito apreciado e rende em média para cada família R$ 200 ou R$ 300 por mês. Não há intenção de que, em curto prazo, essa seja a principal atividade dos marisqueiros, mas que se torne, com o tempo, uma importante fonte de renda e alimento para essas comunidades.

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