Viajar à noite pela BA 542 (ligação Valença 101) tornou-se programa de risco, principalmente após a colocação de vários redutores de velocidade que tem provocado seguidos assaltos aos motoristas que são obrigados a reduzir a velocidade dos veículos nesses locais.
Outra rodovia que está “travada” graças aos redutores, é a BA 001. Nos 72 km que separam Valença de Camamu, existem cerca de 50 “quebra-molas”, muitos deles sem nenhuma função lógica (não existem residências nas proximidades). Em outro trecho da mesma rodovia (Nazaré – Bom Despacho), existe próximo à entrada de Nazaré um verdadeiro absurdo: a colocação de vários redutores (esses sinalizados) em um trecho desabitado. Questionado sobre o motivo das instalações desses equipamentos, o órgão responsável admitiu que a colocação dos “quebra-molas” seria apenas para evitar possíveis acidentes em virtude de um cruzamento perigoso, pois existe um tráfego intenso de carretas no local. Vale ressaltar que existe espaço suficiente para a construção de um anel, mas isso custa dinheiro; e quem liga para os riscos que os motoristas estão passando ao trafegarem pelo local? Afinal, um assalto ou um assassinato a mais não fazem diferença para um estado (me refiro estado como um todo) que fechou de vez os olhos para a banalização da violência e os direitos básicos do cidadão, inclusive a vida.
O governo, ao atender a reivindicação de moradores, espalha redutores em tudo que é lugar, às vezes sem nenhum critério de avaliação de riscos, nem de atropelos muito menos de um eminente perigo que passam os motoristas. Na maioria dos locais sequer existe sinalização. Como é mais fácil agradar aos moradores, a “solução” barata e imediata é a construção dos equipamentos.
Magno Jouber
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