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domingo, 28 de novembro de 2010

BASTIDORES DA SEMANA POLÍTICA (Por Magno Jouber)

CÂMARA 01
Após um semestre inteiro de sessões sonolentas, com pouco público na galeria e alguns vereadores abandonando seus postos antes mesmo do encerramento das sessões, a Câmara de Vereadores de Valença ressurgiu na última terça-feira (23) com a presença maciça de profissionais da educação municipal, que foram à sessão com o objetivo de pressionar os vereadores para cobrar do Executivo o envio do Plano de Cargos e Salários que encontra-se engavetado na Prefeitura há mais de um ano.
A pressão deu resultado: o líder do prefeito Ramiro Campelo (PR), vereador Reginaldo Araújo ligou na hora para o prefeito que concordou em marcar uma reunião com a diretoria da APLB para discutir o plano.

CÂMARA 02
Justiça seja feita, apesar de poucos debates nesse semestre (tivemos eleições), com exceção dos vereadores Antônio Heraldo (Lelo), Maria Helena e José Batista Gama - todos da situação - os demais vereadores, em algum momento criticou a administração do prefeito Ramiro Campelo.

CÂMARA 3
Com certeza a última sessão da Câmara de Vereadores de Valença de 2010, prevista para acontecer no dia 21 de dezembro, não será sonolenta. Ao contrário, a adrenalina dos vereadores deverá ir nas alturas. Tudo isso porque será realizada a eleição da Mesa Diretora para o biênio 2011/2012. Nove dos dez vereadores se dizem candidatos à presidência da Casa. De fora, somente a atual presidente, vereadora Diana Farias (Democratas), impedida de participar da peleja porque os vereadores decidiram vetar a reeleição na Câmara de Valença, com aprovação de um projeto votado em 2007.

CAIRU
O vereador Luis Alberto Marques Gomes (Igor), do PMDB é o virtual presidente da Câmara de Vereadores de Cairu. Conversas de bastidores indicam que sete dos nove vereadores estão fechados com Igor. Assessores do prefeito Hildécio Meireles (PMDB) juram que o alcaide não vai interferir no processo.

ANO DIFÍCIL
Setores da administração da Prefeitura de Valença estão prevendo muitas turbulências para o ano de 2011. O receio se justifica devido a um possível sequestro de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (CPMF) que deverá ser protagonizado pelo INSS. O próprio prefeito Ramiro Campelo admite que a situação não é nada confortável. Ele confirma que existem falhas das últimas três administrações municipais (incluindo a sua) com pagamentos obrigatórios junto ao Órgão.
Não foi à toa que Ramiro fez até promessa para a liberação de recursos do PAC. Sem esse dinheiro, o ano de 2011 seria uma verdadeira
treva.
As prefeituras da Bahia ocupam o segundo lugar no ranking dos estados brasileiros com maior dívida previdenciária [abaixo apenas de São Paulo]. Os débitos acumulados das prefeituras baianas com o INSS são de R$ 3,8 bilhões. O número não representa a dívida de todos os 417 municípios baianos. Desses, 29 têm regime previdenciário próprio, visto como a solução para um problema recorrente que penaliza os gestores municipais. Mas, na Bahia, ter previdência própria ainda não é garantia de tranquilidade para prefeitos e servidores.

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