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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

EDITAL PARA SOLUÇÃO DO LIXÃO DO OROBÓ SAI EM DEZEMBRO

Técnicos da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder) participaram de audiência pública na tarde desta quinta-feira (18), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Valença para avaliação, qualificação e possíveis soluções sobre a destinação dos resíduos sólidos do município. A coordenadora de Destinação de Resíduos Sólidos, Maria de Fátima Espinheira detalhou o levantamento feito pelo Órgão com relação ao lixão do Orobó e do aterro sanitário. Segundo a técnica, o governo do Estado já assinou convênio com a Prefeitura de Valença para dar início a uma intervenção no lixão que será detalhada no edital, previsto para ser aberto no próximo dia 07 de dezembro. Nesse mesmo raciocínio, o estado sinaliza para a ativação do aterro sanitário localizado na BA 001, próximo ao Guaibim.
Segundo levantamento da Conder, os moradores de Valença produzem 70 toneladas de lixo por dia, mas muito pouco é aproveitado pelos catadores, transformando o lixão do Orobó em um grande problema ambiental e social.
Uma platéia, formada por representantes de associações, Câmara de Vereadores, Poder Público e outros, fez vários questionamentos aos técnicos. Uma das principais preocupações está relacionada com o destino que será dado aos catadores. Segundo levantamento da Conder, são 32 famílias com 48 catadores que residem na área do lixão e estão cadastrados. Após um Mês inteiro de trabalho, a renda média de cada catador não chega a um saláriomínimo. A presidente das Associações de Catadores de Lixo de Valença, Daiane dos Santos, demonstrou grande preocupação com o destino dos catadores, após a ativação do aterro sanitário e consequentemente a eliminação do lixão do Orobó. O representante do Crea, Zé Negrão, propôs a criação de uma compensação, no formato do que já acontece com os pescadores na época do defeso, para que os catadores possam sobreviver até que o município se adéque às políticas de coletas seletivas do lixo.
A Conder já identificou 438 lixões no Estado da Bahia. Também, muitos aterros sanitários não tiveram o gerenciamento adequado e viraram lixão.
Magno Jouber

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