domingo, 5 de setembro de 2010
CRIAÇÃO DE TAMBAQUIS E TILÁPIAS REFORÇA PISCICULTURA EM TAPEROÁ
Após um curso de capacitação, 120 famílias de Taperoá, no baixo sul do estado, participam do projeto de piscicultura familiar desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), por meio da Bahia Pesca, em parceria com prefeitura e associações de pequenos produtores do município.
Nesta sexta-feira (3), famílias da comunidade São João, que aderiram ao projeto, executaram mais uma etapa da despesca (retirada dos peixes já crescidos). Na localidade, distante 30 quilômetros da sede do município, 120 pequenos produtores, membros da Cooperativa Agrícola Mixta do Projeto Onça, desenvolvem a atividade.
Há um ano, 36 tanques de quatro comunidades da zona rural de Taperoá (Rio Negro, São João, Marimbá e Tanques) foram povoados com 250 mil alevinos de tilápia e tambaqui. Passados oito meses do povoamento dos tanques, os peixes que chegaram ao tamanho ideal começaram a ser retirados.
Parte do pescado é dividido entre as famílias e o restante comercializado. O quilo do produto varia entre R$ 5 e R$ 8. O presidente da cooperativa do Projeto Onça, Delson Damião, participa da iniciativa com a família. “É um prazer muito grande para, nós, agricultores, criarmos o peixe. Além de reforçar nossa renda, temos a certeza de estar oferecendo um peixe fresco, de qualidade para nossa família e vizinhos. Somente nessa aguada (tanque) esperamos tirar uns 300 quilos de peixe”.
Para garantir a qualidade, logo que é realizada a despesca, os peixes são colocados em caixas com gelo, onde são abatidos e, em seguida, encaminhados para o comércio local ou para a Unidade de Beneficiamento de Pescado, construída pela Bahia Pesca e cedida para a Colônia de Pescadores Z53.
Nas cooperativas, a piscicultura normalmente é realizada como fonte de renda complementar e, além do consumo, os associados têm a liberdade de escolher a forma de comercialização que pode ser direta ao consumidor. “Na época da despesca, a Seagri faz a intermediação junto à Conab para que faça a distribuição de parte do peixe. Instituições filantrópicas também são beneficiadas”, informou o secretário do Turismo, Meio Ambiente e Pesca de Taperoá, Luiz Paixão.
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